As Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) precisam de “nome e sobrenome”. Como vocês devem ter percebido, existe um espectro de apresentação e gravidade quando falamos dessa entidade clínica. Sendo assim, quando falar de “angina” – diga se é estável ou instável e o risco dela baseado em escores como HEART, TIMI e GRACE (assunto para outro post).
Quando falarmos de infarto, diga se é com ou sem supra, qual parede acometida (se com supra) e qual o “Killip”. Isso ajuda a ter uma noção da gravidade do paciente. Um paciente com IAM com supra de ST de parede anterior Killip 4 é muito mais grave que um paciente que se apresenta com angina instável de baixo risco ou até mesmo um outro doente com IAM sem supra de ST Killip 1.
Assim, falando “nome e sobrenome” você consegue rapidamente separar doentes mais graves e menos graves.
Mas pera aí! O que é Killip?
A classificação mais famosa e comumente usada é a de Killip que está associada com prognóstico. Publicada em 1967 por Killip and Kimball com apenas 250 pacientes, ainda hoje é sem dúvidas a principal classificação prognóstica. Quanto maior a classificação, pior o prognóstico.
Escala de Killip para avaliação de prognóstico após IAM: |
I – Sem congestão pulmonar – mortalidade hospitalar < 6% |
II – Estertores pulmonares ou B3 – mortalidade hospitalar < 17% |
III – Edema agudo de pulmão – mortalidade hospitalar 38% |
IV – Choque cardiogênico – mortalidade hospitalar 81% |
Opinião Cardio.lógico:
A Classificação de Killip é extremamente fácil, prática e de grande valia na prática clínica. Depois das explicações, você já entendeu que quando estiver frente a um paciente com SCA, precisamos dar “nome e sobrenome”, pois isso pode mudar completamente a conduta dos cuidados (exemplo: quem é prioridade para o cateterismo/angioplastia, quem é prioridade na UTI? Será que você escolherá um IAMCSST anterior Killip III ou um IAMSSST Killip I?). Responda nos comentários!