Diz a verdade, você lembra de quando prescrever profilaxia antibiótica para ENDOCARDITE?
Para não errar, você precisa responder 3 perguntas.
- Quem é o paciente de risco para endocardite?
- Qual é o procedimento de risco para endocardite?
- Como é a prescrição antibiótica para profilaxia?
A primeira pergunta é: quem é o paciente de alto risco e que necessita da profilaxia?
Aqui você precisa lembrar de 3 condições.
Condição 1: Paciente com prótese valvar ou outro material protético usado para reparo cardíaco. Essa condição vale para próteses transcateter e homoenxertos.
Condição 2: Paciente que já teve endocardite infecciosa antes. Conselho de pai: O maior fator de risco para seu paciente ter uma doença, é já ter tido ela antes.
Condição 3: Paciente com cardiopatia congênita cianótica não corrigida ou que corrigiu com cirurgias paliativas/proteses.
Atenção: se reparo realizado e sem defeito residual, essa indicação é só após os primeiros meses da cirurgia, depois não precisa.
Agora, que já identificou o paciente de risco, qual procedimento você tem que se preocupar?
- O risco maior existe quando há manipulação gengival ou em região periapical dos dentes, além de perfuração de mucosa.
E como prescrever!?
Amoxacilina 2g via oral, dose única, 1h antes do procedimento. Outras opções na tabela 👇🏽
Alem disso, lembrar de reforçar o cuidado da saúde bucal e avaliação odontológica (2x por ano em paciente de alto risco e 1x por ano nos demais).
Outras situações não contempladas nesse post podem ocorrer e devem ser discutidas caso a caso com especialista OU AQUI nos comentários 👇🏽
Referência:
Infective Endocarditis (Guidelines on Prevention, Diagnosis and Treatment of) ESC Clinical Practice Guidelines – 2015
